A ex-presidente Dilma Rousseff afirmou em entrevista
publicada neste sábado (18) que não descarta se candidatar ao Senado ou à
Câmara dos Deputados nas eleições de 2018. Apesar de ter sofrido um impeachment
em agosto, Dilma não perdeu os direitos políticos e pode, portanto, tentar se
eleger para cargos públicos.
“Eu não serei
candidata a presidente da República”, afirmou a ex-presidente em entrevista
para a agência de notícias AFP, seis meses depois de ter sido destituída sob a
acusação de maquiar as contas públicas. “Agora, atividade política, eu nunca
vou deixar de fazer. Eu não afasto a possibilidade de me candidatar ao cargo de
senadora ou deputada.”
Questionada sobre o escândalo de corrupção da Petrobras,
Dilma expressou frustração. “Esses assuntos são extremamente complexos. Até
hoje ninguém no Brasil sabe sobre todos os casos de corrupção”, afirmou a
ex-presidente, que mantém em sua conta do Twitter a descrição de “presidenta
eleita do Brasil”.
A ex-presidente diz que repassa de forma sistemática os
documentos do processo de impeachment que a retirou do poder e colocou no cargo
o seu vice, Michel Temer, a quem acusou de liderar um golpe parlamentar. “Foi a
chamada justiça do inimigo: não se julga, se destrói”, afirmou.
Sem receber pensão devido ao tempo como presidente da
República, ela vive com um salário mensal de 5.300 reais que recebe de
aposentadoria por ter sido funcionária do estado do Rio Grande do Sul e
complementa sua renda com o aluguel de quatro apartamentos familiares.
A entrevista foi realizada nesta sexta-feira em Brasília,
onde Dilma participou de um evento organizado pela ala feminina do PT.
Fonte: TERRA
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